NOSSA COMO EU TE AMEI
Nossa como eu te amei
Senti a novidade almejada
Por qualquer alguém
E os planos vieram
Egoísmo se foi
Tudo seu me importava mais
E eu sem você? ... ou o antes?
Não! Não quero mais!
E de súbito me vi desimportante
Sem mais interesse
Os olhos
Teus olhos fitaram outra face
Quiseram mais perto outro beijo
Outra forma
Outro corpo
Outro cabelo, outro desejo
E eu permanecia no mesmo devaneio
Sem nada entender
Continuei a te querer
Permanecendo nesse sentido
Querendo contigo tudo meu repartir
No entanto, sua parte se foi sem dano
Culpando mais um engano
Sem pensar, simplesmente se afasta
Deixando em meu ser
Extrema mágoa
Ainda por cima
Deixando ...
O amor que a vida toda eu queria
E os sons eu penso escutar
Em sonhos revivo cada música
Sei que acolhestes outros braços
Em outras danças
Outra pele, outra cama
Enquanto eu lentamente me despertava
Ou morria
As lágrimas por todo esse tempo
É o que me fizeram a tua companhia
Eu aprendi a sorrir vendo-te correr de mim
Eu sorri vendo-te furtarem de mim
Eu sorrindo vi teu sorriso por outro
Sorrindo senti o cheiro mudar
E as noites? E a lua que me destes?
Eu sozinha de fazes fui obrigada a contemplar
Sorrindo vi tuas fotos com outro alguém
E quem era eu?
Sem sombra do teu passado
Era o resto de um amor intacto
Grande como o mar
Um mar em fúria
Na mansidão da devastação que se percebe no fim de todo raio
Como o que sobra de um caos
Quando se quebram copos
Estou em cacos
Um duro choque
Nossa como eu te amei
As poesias sempre ao meu redor
Vão me salvar
Ou amordaçar?
E a música sempre insistente há de me fazer cantar
Escrever belas paisagens
Que levam meu desejo
Que lembram teu nome
Que lembram cada momento
Cada cor, cada toque
Cada gosto, cada gozo
Não me escapas de mim
A capacidade de fazer-te feliz
Na infelicidade de não ser livre
Sendo fiel sem que soubesse
A um amor que eu escolhi
Que eu vivi
A verdade sempre esteve a minha frente
Eu sempre procurei revestir
De outra cor e gesto
Nunca na dureza do teu jeito
Que rápido se desfez de mim
Os verdadeiros amores nunca se vão por completo
É inevitável, sempre estás por aqui
Em espaços que desconheço dentro de mim
Habitando na surdina
Na virada das madrugadas
Nas festas e nas coites caladas
Eu te encontro por aqui
Tão próxima, tão dentro de mim
E tu me foste à outra boca
Sem dizer-me não
Com a mesma que jurou tantas outras coisas
Se soubesse, ensinastes muitas coisas
Inclusive a lidar na infidelidade
Satisfazendo a aparência
De quem doou o que havia de melhor
Em sua essência
E se amei não por inocência
Por deixar receber o presente que me dissesse ter
E no fim deixastes minhas mãos vazias
E o peito e a boca salivando
Desordem e confusão
Ame por incessantes desejos
Que outrora ainda tenho
Mas que sinto que irei sentir
Se de fato foi pra sempre
Enquanto anda estou aqui
E ...
Pra sempre enquanto minha
Inexistência permitir.