É de lá: mar
O vento lança sobre árvores
o voo abissal do teu nome,
e os pássaros se põem à espreita,
e o mar alteia a coluna de suas espumas.
Se apenas deixasses-me penetrar no teu seio
e saber do teu ventre,
morreria feliz, mas a felicidade
não passa de uma bolha…
Ah, Edilamar!
Tu foste naufragio afinal,
como óleo trataste-me e
nada pude fazer contra a rede do pescador.
Se meu mundo está tão abalado
por tua falta,
que esse mar de sentimento que habita-me,
coma-me aos pouquinhos.