O QUE SOU

Sou tudo do nada na existência

[da vida

Que soa friamente no distrar:

Ah, sei o que sou do que não sou

A aversão do concreto

[incerteza.

Ah, talvez eu seja abstrato

[aparente!

Ou quem sabe eu seja lágrimas

Choradas por um grande amor!

Talvez seja, passos dados

Por caminho de desamor

Ou mesmo, os versos de amor

Escrito por um poeta apaixonado

Em pura devoção a mulher amada

Não, não seja nada do nada!

Sou, somente; a poeira da estrada

Que o vento ingenuamente levou

Ou não, mas sou as lembranças

Das coisas não vividas... em vã.

O sentimento da vida na sua

[contradição.

Batista N Silva
Enviado por Batista N Silva em 06/02/2019
Reeditado em 19/06/2019
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