O QUE SOU
Sou tudo do nada na existência
[da vida
Que soa friamente no distrar:
Ah, sei o que sou do que não sou
A aversão do concreto
[incerteza.
Ah, talvez eu seja abstrato
[aparente!
Ou quem sabe eu seja lágrimas
Choradas por um grande amor!
Talvez seja, passos dados
Por caminho de desamor
Ou mesmo, os versos de amor
Escrito por um poeta apaixonado
Em pura devoção a mulher amada
Não, não seja nada do nada!
Sou, somente; a poeira da estrada
Que o vento ingenuamente levou
Ou não, mas sou as lembranças
Das coisas não vividas... em vã.
O sentimento da vida na sua
[contradição.