Relógio
Relógio
Porque tu tens horas, minutos e segundos
E eu todo tempo do mundo
Para minha pobre alma me atormentar
À noite tu me tortura passando devagar
Madrugada em silêncio vem me torturar
Sibilos do meu coração apertado dói
Outrora cheio de paixão
Agora veredas vazias em pensamentos
Sucumbindo por uma única emoção
Olho prós ponteiros alheios à minha dor
Zombam de mim mais um segundo passou
Lágrima solitária num frenesi
Ensaia por minha face seguir
Loucura és querer parar o tempo
Só pra uma vez relógio te torturar
Solitária és à noite quando mergulho em meu pensar
Solitária és à vida quando lambo minhas feridas
Solitária és à pobre alma que perderá dentro de si
Num emaranhado de pensamentos banhados à dor
Torturado pelo amor preso no seu coração
Onde enganará à desilusão culpando o relógio
Ela bem sabe que és à algoz que me prenderá nessa solidão
Ricardo do Lago Matos