Barco à deriva

Essa minha lonjura de mim

Faz com que me sinta em um continente escuro e sozinha

Vou afastando pouco a pouco, como um barco a deriva, solto no mar, sem ninguém a bordo.

Até mesmo quando tento voltar, aceno para o nada e nada pode me encontrar, se estou longe de mim, não posso me alcançar.

Ainda que não seja inverno, o coração sente frio, como se fosse um iceberg no gélido mar no oceano dentro de mim.

Cada vez mais me distancio, me torno um feixo de luz na escuridão, sem direção, e não há porta que me abra dessa desilusão, dessa farda dor que é morrer sem descobrir qual o sentido de viver sem saber quem realmente está indo ali , se eu, ou apenas alguém que imaginei ser.

Claudeth Oliveira
Enviado por Claudeth Oliveira em 31/01/2019
Reeditado em 31/01/2019
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