Aqui, neste lugar.
Por diversas vezes, com sintomas de ansiedade, aqui chegava...
Com o coração “na mão”, em ritmos acelerados, comemorava...
Imagina-me sempre ao teu lado, e assim não mais chorava...
Abria tuas cartas, carinhosamente dobradas, segredos, os nossos, pensava...
Temia com razão, sentindo falta, de algo que ali, nas entrelinhas, faltava...
Encontro-me agora, perdido em pensamentos, e você, cá estava...
Apenas relembro, agora, os bons tempos, nós dois abraçados, aquela noite, madrugada...
“... Uma folha é carinhosamente dobrada... Passos são ouvidos, em seguida, o som de uma porta que se abre. Algo é pressionado na parede, mais um som naquele ambiente, se propaga... É um som ‘circular’, o som de uma privada...”.
Gildênio Fernandes de Assis