Vertendo Lágrimas na Tempestade
O retrato da saudade estampada
Em seu semblante inerte
Faz surgir lágrimas de empatia
Quando vejo sua dor
Aquela dor que bate forte
Atordoa seu âmago
E tem aquele gosto amargo
Em meio à tempestade
Você não me vê chorar
A chuva mesclou-se com meu choro
Então apenas sorrio
...
Sorrio sem querer sorrir
E choro sem querer chorar
Mas eu estou bem
Acho que você não vai notar
Que minha dor também pulsa
Quando meu coração bate
Eu também tenho um retrato da saudade
Sinto falta de quando eu torcia para não chover
Pra poder brincar lá fora
Sem rezar pra ninguém ver meus olhos lacrimados...
Mas sua dor me dói
Finjo que sou imutável
Fico parado na chuva
E te abraço querendo ser abraçado
A chuva despenca ainda mais
E eu fico ali parado
E eu fico ali parado
E eu fico ali...
Parado...
(Guilherme Henrique)>> Pássaro preso em uma gaiola de dilemas...