Corra!
O caminho é escuro e frio
Com a venda nos olhos
Eu me desafio
É preciso correr da dor
E chega desses poemas ridículos
Que só falam de amor
Vamos falar dos corruptos
Das putas,dos canalhas
E dos botecos sujos
Chega de amor
Isso é coisa de poeta
Amor é coisa de louco
Daqueles que esquecem a porta aberta
Esse poema ruim
É um desabafo
Sem eira nem beira
Um descompasso
Segue sem rimas ou regras
É voz de um poeta
Que de coração partido
Resolveu se fechar pro mundo
Pra não correr perigo