Um louco no parque

Apoderou de um porrete

É o dono do poder

Em seu semblante

Às vezes aparenta vitória

Uma derrota, grande luta

Outro movimento manso, suave.

Uma dança atravessa uma onda

Ou navega em aguas brandas

Voa em céu de brigadeiro.

De modo repentino

Nada o afeta, esta só

Em meio à plateia atônita

Que o assiste

É um artista, um louco

Qualquer que finge

Um de nós

Se eu em pleno gozo de minhas faculdades

Não entendo o que faço

Fico assistindo o louco

Tentando decifrar seus movimentos

Alcançar sua mente

Que mente!

Criadora, criativa, perturbada, embaraçada.

Mente para todos que observa

Menos para si

O louco do parque

Luiz Carlos Zanardo
Enviado por Luiz Carlos Zanardo em 20/01/2019
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