Um louco no parque
Apoderou de um porrete
É o dono do poder
Em seu semblante
Às vezes aparenta vitória
Uma derrota, grande luta
Outro movimento manso, suave.
Uma dança atravessa uma onda
Ou navega em aguas brandas
Voa em céu de brigadeiro.
De modo repentino
Nada o afeta, esta só
Em meio à plateia atônita
Que o assiste
É um artista, um louco
Qualquer que finge
Um de nós
Se eu em pleno gozo de minhas faculdades
Não entendo o que faço
Fico assistindo o louco
Tentando decifrar seus movimentos
Alcançar sua mente
Que mente!
Criadora, criativa, perturbada, embaraçada.
Mente para todos que observa
Menos para si
O louco do parque