Desventuras


 
Trago comigo nos recônditos do meu ser
traumas e cismas de um mal sucedido
e desventurado querer.
Por amor , alimentei grande ilusão,
alicerçado em meu coração,
habilmente, o devaneio desbancou a razão.
 
A sensibilidade que em mim sempre foi inerente
serviu como prelúdio para alavancar a paixão incandescente
Meu corpo junto ao teu de desejo ardia feito brasa
Minh'alma por ti noite e dia clamava
Nas poesias e versos assim tudo eu extravasava.
 
No intercurso da paixão em mim dominante
Fui lograda por ti, somente como uma mera amante
O abismo da desilusão a mim então acometeu
Quando não mais pude sentir teu cheiro
que me seduzia e ver a luz dos olhos teus
Sua ausência impiedosamente me castigou
Vi então, as deformidades daquilo que eu pensava
ser o verdadeiro amor.
 
Para ti era mero capricho e ultrapassado o que chamo de amor
Disse-me que não valia um entrelaçamento,
não cultivavas um jardim e nunca quiseste uma flor
Tinhas como arcaico o romantismo, algo muito prosaico e sem valor,
fez-me  assim chorar lágrimas de dor.
Com esta minha desventura, fiquei eu muda e mais reclusa,
com tristeza lembro do que passou.
O meu coração no desalento, selou.
Hoje temo amar seja quem quer que for.




Interação do nobre Poeta Olavo

Na tempestade que foi nossa paixão
Varri pro lixo toda minha dor
Nunca mais vou sentir desilusão
Por não saber escolher um amor




Desafio na Casadospoetasedapoesia com as palavras em destaque
 

 

 
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Lia Fátima
Enviado por Lia Fátima em 12/01/2019
Reeditado em 13/03/2019
Código do texto: T6549460
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