Ébrio na bebida

Entornei o cálice escancarei meus medos

A toalha maltratada testemunha malvada

Da vida que vivo...que vivo

Humilhado perdido em meio as borbulhas

O azedo do tinto tingindo me traz a realidade

A mesa surrada parece até rir de mim

De nada valeu os apelos em angustias

Ela se foi...se foi

Para traz deixou me entre as garrafas

Quase vazias sem cor sem seu doce aroma

Na parede ainda restou me olhando matreira

Sua foto reluzente me condenando em sua forma de

Retrato

A luz lá fora anuncia o martírio que se achega

O silencio cruel da solidão a noite em mim parece que chora

Não me importa ser mais que um bêbado nessa casa fria

Espero esquecer dos meus erros, morrendo aos poucos

Ao sugar de cada gole até me ver no fundo de...

Mais uma garrafa vazia.