Ruinas

É esse o caminho para o esquecido?

Para aquele no qual iremos culpar?

Tudo continua o mesmo, não há descanso

Minhas lembranças se apagam lentamente

Silencioso como uma lápide

Onde encontro minha voz interior

Prelúdio de descanso eterno

Velas iluminam a casa abandonada

Uma neblina mórbida seduz

Cantos de almas por ali perdidas

Coral de gerações em declínio

Sombras se espalham para me ouvir

Olhos me vigiam para não correr

Nessas ruinas do meu passado

Espelho relatam minha memória

Sem razão para ascender

Vagando pelos escombros do que fora um martírio

Sou aquele no qual continua o mesmo

Naquele lugar todos nós encontramos o descanso

A terra se apaga na mais pesada escuridão

O amor, teve sua época

Para mim, ainda encontrar

Marcos Ses
Enviado por Marcos Ses em 15/09/2007
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