ETERNA PROCURA
Meus olhos inertes te procuram
Toda a vez que chega o fim de ano,
Marejam aquela saudade contida
E ressuscitam aquele amor estranho
Os olhos fitam ali,
Aguardado alguma surpresa
Enquanto o corpo passa
Ansioso por rever tamanha beleza
Me pego, às vezes, na porta do ônibus
Segurando o guarda-chuva, mas não sais
Saio eu, cabisbaixo, que desânimo
Tu nunca vens, e já faz anos,
E eu a espera de teu sorriso lindo
Com poesia feita, apenas a mim, declamo!