Ponto de partida.
De Tania Mara Benaionde C. Motta
Cai a chuva, molha meu rosto,
E, caminhando continuo.
Não me importo com a chuva,
Que encharca meu corpo e,
Embaça o meu olhar.
Não me importo com as trovoadas,
Que disparam em minha direção.
Continuo caminhando...
Meus pés molhados caminham,
Sem receio e sem destino.
Meu olhar se perde...
Entre clarões e nuvens escuras,
Que tentam amedrontar-me.
Mas meu medo, não está na chuva que cai
Carregada de tristes impressões.
Como posso ter medo?
Se, minha alma está como o tempo,
Obscura e triste...
E desmorona,
Como os pingos que caem no chão.
Como posso temer os clarões?
Se eles iluminam o caminho que devo seguir.
Mesmo que seja aos poucos,
Cada passo que dou...
Talvez me levem onde quero chegar,
Ou, me retornem ao ponto de partida.
Como temer as trovoadas?
Se assim meu coração se comporta,
Quando estou junto a ti...
Quando estás comigo...
Ou quando apenas ouço sua voz.
Continuo caminhando com a chuva.
Que misturada ao meu pranto,
Disfarça o meu sofrimento.
Olho em frente...
E vejo o infinito...
Este mesmo infinito que tento alcançar.
Não olho para trás...
Para não recordar meu passado,
Que é tão triste como o dia de hoje.
A chuva continua...
Molhada, continuo...
Caminhando e traçando o meu destino.
E, tentando encontrar a minha paz.
Talvez eu consiga chegar onde desejo,
Ou talvez...
Retorne ao ponto de partida.
Maio/1975
De Tania Mara Benaionde C. Motta
Cai a chuva, molha meu rosto,
E, caminhando continuo.
Não me importo com a chuva,
Que encharca meu corpo e,
Embaça o meu olhar.
Não me importo com as trovoadas,
Que disparam em minha direção.
Continuo caminhando...
Meus pés molhados caminham,
Sem receio e sem destino.
Meu olhar se perde...
Entre clarões e nuvens escuras,
Que tentam amedrontar-me.
Mas meu medo, não está na chuva que cai
Carregada de tristes impressões.
Como posso ter medo?
Se, minha alma está como o tempo,
Obscura e triste...
E desmorona,
Como os pingos que caem no chão.
Como posso temer os clarões?
Se eles iluminam o caminho que devo seguir.
Mesmo que seja aos poucos,
Cada passo que dou...
Talvez me levem onde quero chegar,
Ou, me retornem ao ponto de partida.
Como temer as trovoadas?
Se assim meu coração se comporta,
Quando estou junto a ti...
Quando estás comigo...
Ou quando apenas ouço sua voz.
Continuo caminhando com a chuva.
Que misturada ao meu pranto,
Disfarça o meu sofrimento.
Olho em frente...
E vejo o infinito...
Este mesmo infinito que tento alcançar.
Não olho para trás...
Para não recordar meu passado,
Que é tão triste como o dia de hoje.
A chuva continua...
Molhada, continuo...
Caminhando e traçando o meu destino.
E, tentando encontrar a minha paz.
Talvez eu consiga chegar onde desejo,
Ou talvez...
Retorne ao ponto de partida.
Maio/1975