Desilusão

A quem eu dediquei meu amor verdadeiro

Tive como resposta o abandono.

Me perdi nos braços de outro que tirou por completo meu sono,

Com angustias, tristezas e desamor.

Perdi meus sonhos, minha identidade, minha essência.

Quase perdi minha vida.

Vendo-a toda destruída

Sem crer se quer que vivi.

A vida é regada de amores impróprios

De pessoas cruéis, hipócritas

que não sabem amar

Sem arrancar um gemido de dor em outrem.

Doeu! Doeu tanto que tive que remontar meus pedaços.

Acredito que alguns se perderam ao relento

Fora levado pelo vento

Que nem sempre soprou a favor.

Mas eu dei minha cara a tapa.

Escancarei meu grito ao vento

E arranquei do meu peito essa dor,

Essa mesma que tu me deixou.

Se por um momento morria pela falta de ti em minha vida.

Vivia também por consentir que a paz reinasse em mim.

Porque de tudo não queria o fracasso.

Queria apenas o abraço, que negastes sem piedade de mim.

Aos poucos aprendi a me amar. E a me valorizar.

Pois quero estar pronta, na minha mais pura essência, reluzente

Esperando o amor verdadeiro, onde haja a troca, o desejo puro de amar

A paixão que me enlouquece, e o desejo de se doar.

Eu acredito piamente no amor. Toda essa angustia e desilusão passará.

Toda a tristeza e o abandono será lançado para tão distante

Que haverá lugar apenas para meu amor ardente

E meu tão sonhado amante.

Neide Azevedo
Enviado por Neide Azevedo em 15/12/2018
Reeditado em 15/12/2018
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