Capit(a)lis(mor)
O amor é capitalista,
Se vende em prosa e rima.
Poesias que falam dele,
Ao capital se rendem.
Romances, paixões escondidas,
Livros com títulos ardentes,
Lotam bancas, mercados e livrarias,
Mal sobra espaço para se vender o que sente,
Poesia nua e crua,
Extraída da alma,
Que mostra verdades,
Detesta mentiras.
Se estás machucam teus olhos e ferem teu coração,
Perdão.
Só sei escrever desta maneira,
De forma vezes crua, outras confusas, intensas.
Minha mão segura o lápis sobre o papel,
E a mente trabalha com a rima,
Construo a mim neste momento,
Não importa a história,
Se real ou fantasia,
Podem não agradar a sua alma,
Mas neste momento, sou egoísta,
Só me preocupo com a minha.