"O som da chuva"

O som da chuva acordou

Quem dormia suavemente
Uma janela entre aberta
O vento entrava livremente
Assoprando boas lembranças
Trazendo paz para a mente
De aquele ser que acordava
De seu passado recordava
Mas sentia-se tão carente
 
O desconforto tomou conta
De aquele momento perfeito
De volta para sua realidade
Depressa, abandona seu leito,
Vai à cozinha, toma um café,
A desilusão toma seu peito
Só sua escrivaninha aceitou
O que seu amor- o recusou
Discretear era único jeito
 
A madrugada indo embora
Só a fina chuva permanecia
Sobre a janela, olhar distante,
Com ele ia junta sua alegria
Pele enrugada, cabelos brancos,
Um sinal de a velhice aparecia
Inconformado pelo iminente
Aquele amor tão reluzente
Naquela manha acabaria