XEQUE e MATE

Ela nunca foi uma princesa, mas logo que descobriu o xadrez percebeu que a vida estava em suas mãos: eram oito casas para se tornar uma rainha. Mas não seria assim tão fácil, td um exercito inimigo a combater...Juntou forças, estrategias, ela não se renderia. Ela sabia, que para pião a vida toda, também não serviria. Recusou a Dama com afronta: Não aceitaria jogo para minas. Queria o poder de macho, o risco da guerra, e topou o desafio, fitando apenas a casa final. Obsecada pelo sucesso, enchia-se de ego sem perceber que ao seu lado pião por pião caía. Nem se importou ate dar por si, e ver seus cavalos mortos em campos: tudo bem! Ela refletia.Era preciso perder um pouco de si pelo resultado final. O tremor não foi só sob seus pés quando as torres vieram ao chão...a alma ja se ruía...E quando perdeu a fé em si, foi-se embora os bispos em um banho de sangue desnecessário...De tanto se perder, mal pode ver a perda da raínha...ela praticamente se rendeu e se juntou a tropa inimiga. E o ataque surpresa foi o seu fim.... Ela enguliu em tragos amargos o ego ferido, derrubou as peças e desistiu de um jogo, que desde a primeira jogada, já estava perdido: Ela não sabia jogar sem rainha. mas ela sabia que não havia outra saída, ela jamais seria uma também...e quem se importa com o rei? Nunca foi sobre ele...xadrez é jogo de orgulho, e o dela despedaçava-se sobre o tabuleiro quadriculado como vidro estilhaçado, ferindo tudo ao redor.

Quem não tem.orgulho mal tem escrupulos...fingiu não ser com ela a derrota e tentar um.jogo novo. Mais.simples, direto e com objetivo óbvio para si: Amarelinha.

Agora ela estava no céu... a mão firme suava contra a pedrinha...ali sim ela sabia onde chegaria. No inevitável, caminho sem delongas para o seu fim. Atirou a pedra que caiu no além...pulou devagar, saboreando sem trapacear a cada uma das casas, dessa vez não cairia, nesse jogo não havia derrotas nem vitórias...fitou a casa 9 abaixo dos pés e nem exitou ao se atirar sem medo no mais denso abismo do inferno. Agora sim, ela sorria.

Daiane Alves
Enviado por Daiane Alves em 07/11/2018
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