TRÊMULA AO VENTO
(ao renan calheiro)
Espremido entre o azul e o branco
risco e rabisco com tinta preta
a esperança florida,
a dignidade cantada,
a segurança partida.
A escola a saúde ficam para a próxima.
O salário, o super mercado
arrocham.
tudo não passa de detalhes
na vida publica.
Se arrumam, se defendem
diante da grita:
“sou honesto, não me lembro
mesmo vocês querendo...
protesto”.
Tremulam ao vento
o verde e o amarelo
borrando-se de escuro
na haste que apodrece.