As horas do Amor
A solidão não se cansa
São instantes saltitantes
Que dançam sobre as fontes
E os olhos que antes piscavam
Agora vêem dias riscados
Já é meia noite
E a noite vem cheia
Passeia e esconde
Entre as nuvens.
Minhas ansiedades
E não sei se está tarde
Das levesas da vida
A natureza ainda me enfeitiça
Perco minhas horas
Admirando a aurora
Em seu crepitar no céu
Agora me dizem que estamos em crises
Nos falta o sorriso
Nos falta a sensibilidade
Ficam as lágrimas
Nessa nossa metade
Já é quase natal
E os sinos batem as horas
E quando já se ver
Chega o carnaval
Não esqueça a gentileza
Pendurada nos varais
Entre as horas marcadas
Fim de tarde é que mais dói
É onde a saudade tem hora e lugar
Pra se visitar
Ao terminar o dia
Toma um café comigo
Dizem que no fim tudo dar certo
Até um beijo
Entregue de surpresa
Mesmo que seja só cortesia
Eu diria ser o começo
De uma longa noite