JÁ NÃO É COMO DANTES
Tempo de namoricos, de devaneios,
De sonhos e fantasias tão excitantes,
Que se perderam ao longo dos anos,
Já não é nada como dantes.
Mulheres sem pintura, usando vestidos,
Despertavam os nossos sentidos,
Tempos do natural e da verdade,
Namorávamos sem maldade.
Os sorrisos eram de soslaio,
Não fossem os pais descobrir,
Fazia-nos bem sentir o fruto proibido,
Era tudo controlado e comedido.
Não havia muita escolha,
As moças eram muito recatadas,
Receavam apanhar umas bofetadas,
Sendo cedo a sua recolha.
Casavam virgens por tradição,
Não privavam com os namorados,
Seria uma falta de educação,
Actos irrefletidos seriam penalizados.
Ruy Serrano - 05.11.2018