Sombras
Não quero luzes acesas.
Meus olhos não conseguiriam ver tamanho horror.
Forças me faltam...
Encarar o indizível não tem sido fácil...
Vazio!
Sonhos ofuscaram a dureza real.
Já não temo o futuro.
Ojerizo essas faltas...
Ainda não há cicatrizes.
É sangue vivo o que tinge essa angústia.
Reverberam as vozes da última ceia.
Negocio entrâncias ante a próxima lápide.
Dificulto os caminhos.
Não abrirei os olhos.
Rejeito a esperança recém-descoberta.
Não acenderei lâmpada alguma.
Aproxima-se o ocaso de mim...
Não mais inquilinas.
Não mais disfarces.
Não.
Sem recomeços não há mais fim...