Blues de madrugada
Um novo momento chegará para recuperar minha razão
Busco preencher abismos que cavei
me conformo e sigo sem par
Às vezes sinto frio nas costas e busco a pá
que me fecha as feridas terrenas,
que me fornece as pupilas serenas
sigo movido pelas minhas ilusões
que vertidas antes agora saem de ímpeto,
me inebriando as ideias
fazendo perder-me no mar a nau sem paixão,
no oco breu sem fim
que guia minhas ações sem rumo
queima meus sentimentos como fumo
e ferve-me os miolos como vulcão.