Estrada solitária
ESTRADA SOLITÁRIA
Miguel Carqueija
Pela trilha da desdita
o meu mundo desabou;
no peito o coração grita,
só a saudade ficou.
Um dia amei de verdade
porém meus pais me induziram,
perdi a felicidade
e eles nada sentiram.
Um casamento arranjado
foi o meu triste destino:
um homem rico, aprumado,
e eu não soube ter tino.
Mas o arrependimento
veio de avião a jato;
a vida foi um tormento,
um desengano de fato.
Mulher, não deixe ninguém
controlar a sua vida;
passei por isso também
e assim acabei traída.
Filhos ele não queria
mas soube fazer na rua;
e pra sair da agonia
parti em noite de Lua...
Recomeçar minha vida
foi o maior sacrifício;
até me senti perdida
mas livrei-me do estropício!
E não suponha você
que os meus me deram abrigo;
como em drama de tevê
fiquei só, sem um amigo!
Enfrentei o preconceito
contra a mulher separada;
trabalhei, dei o meu jeito
e mesmo contrariada
aprendi a viver só;
não quero ouvir um lamento
ou que de mim tenham dó;
e mesmo no desalento
eu sigo por essa estrada
tão escura e poeirenta
solitária, sem mais nada,
ouço a coruja agourenta...
Mas um dia, em Deus espero
chegar a um porto feliz,
reencontrar quem eu quero,
aquele amor que eu quis!
Rio de Janeiro, 8 de outubro de 2018.
imagem pixabay
ESTRADA SOLITÁRIA
Miguel Carqueija
Pela trilha da desdita
o meu mundo desabou;
no peito o coração grita,
só a saudade ficou.
Um dia amei de verdade
porém meus pais me induziram,
perdi a felicidade
e eles nada sentiram.
Um casamento arranjado
foi o meu triste destino:
um homem rico, aprumado,
e eu não soube ter tino.
Mas o arrependimento
veio de avião a jato;
a vida foi um tormento,
um desengano de fato.
Mulher, não deixe ninguém
controlar a sua vida;
passei por isso também
e assim acabei traída.
Filhos ele não queria
mas soube fazer na rua;
e pra sair da agonia
parti em noite de Lua...
Recomeçar minha vida
foi o maior sacrifício;
até me senti perdida
mas livrei-me do estropício!
E não suponha você
que os meus me deram abrigo;
como em drama de tevê
fiquei só, sem um amigo!
Enfrentei o preconceito
contra a mulher separada;
trabalhei, dei o meu jeito
e mesmo contrariada
aprendi a viver só;
não quero ouvir um lamento
ou que de mim tenham dó;
e mesmo no desalento
eu sigo por essa estrada
tão escura e poeirenta
solitária, sem mais nada,
ouço a coruja agourenta...
Mas um dia, em Deus espero
chegar a um porto feliz,
reencontrar quem eu quero,
aquele amor que eu quis!
Rio de Janeiro, 8 de outubro de 2018.
imagem pixabay