GLÓRIA

A mim me coube o ostracimo:

minha rua, minha casa e um banco

vazio da praça.

Era estrela, tinha brilho, juventude...

Então vieram outros dias

e só deixaram cinzas daquela glória temporal.

Me pergunto: onde está o legado

daquele sonho, daquela ilusão?...

Quem é você agora no mundo?

Sentado neste banco de praça

vejo minhas mãos, minhas convicções

e ainda sou completo, realizado.

Tomara todos pudessem buscar

a glória de amar, de servir e viver

como se a vida fosse vivida

a partir dum banco vazio de praça...

NivaldoRibeiro
Enviado por NivaldoRibeiro em 29/09/2018
Reeditado em 24/04/2023
Código do texto: T6462542
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.