O sentido que sumiu de mim
A poesia é um desejo de ter
As vontades todo dia pensamos receber
O amor é uma curva
A rotina é uma falta do saber
O que querer é ter
E o ter é não viver
O que me alegra, eu não tenho de você
Nem um "Olá, você"
Tudo o que sei é que estar é invisível.
Tudo o que vejo, o invisível me retira o que já não tinha.
Há o carinho versículo. Com estantes de caminhos e saberes combinados.
E há o carinho, que não se propaga mais o saber do toque.
O haver é como uma pluma seca de chuva
Não se passa, não se arruma, não se sente, não se vive.
E só se morre havendo o que nada havia antes de tudo florecer.
E que nem brotou a mentira do meu amor por você.