Ferida
Entre um gole e outro da cachaça,
Com canela mergulhada,
Só lembro dela.
A sereia,
Que encontro em sonhos,
Razão de meu pranto,
Rasgando a madrugada.
Passado vívido em mente,
Esquarteja o coração sem dó,
Embrulha o estômago,
Deixando em minha garganta um nó.
Madrugadas mal dormidas,
Anos passaram,
E ainda sangue escorrendo pela ferida,
Esta, nunca cicatriza,
Nem o tempo foi capaz de estanca-la da minha vida.