Dor

Ando pela rua com os braços em volta do corpo.

Tentando segurar o coração que se encontra em pedaços.

Tento em vão não chorar,mas as minhas lágrimas insistem em cair.

Meu corpo treme de dor;penso como pode uma dor na alma ser tão intensa que vira dor física.

Tento me reconstruir,tento acalmar meu coração que bate devagar pois se encontra tão em pedaços que se dêr uma batida mais forte , tenho a impressão que vai se partir e não vou conseguir remonta-lo.

Ando pelas ruas como um ator,sorrindo,colocando uma máscara de falsa felicidade.

Incentivo os corações a se apaixonarem

Diga a altos brados que o amor existe.

Talvez eu grite para que eu mesma possa acreditar.

Enxugo as lágrimas ,volto sob a luz da lua e das estrelas.

O poste de luz somente reflete a minha sombra,vejo o qual solitária estou.

Sento-me em um banco,pois estou cansada e as lágrimas turvam a minha visão.

Pego meu caderno tão manchado por minhas lágrimas e escrevo para aplacar a dor.

Descrevo minha dor e angústia,aos poucos vou me sentindo melhor.

Minhas lágrimas já não escorrem pela minha face,meu coração não dói tanto.

Abraço o caderno tão gasto pelo tempo, tão manchado por minhas lágrimas,sendo testemunha silenciosa da minha dor.

Envolvo o caderno com cuidado,me levanto e sigo meu caminho com passos lentos ,o silêncio me envolve.

Penso,ou melhor rezo por um amor que não despedace meu coração.

Sigo meu caminho com passos lentos,tendo apenas como testemunhas da minha dor o caderno,a lua e as estrelas