LISBOA NAMORADEIRA
Esta Lisboa que eu adoro, desiludiu-me,
Tornou-se namoradeira, perdeu a cabeça,
Passa o tempo a namorar, sem contenção,
Com a sua leviandade fere meu coração.
Não se controla na sua conduta, namora
Com quem lhe aparece, a honra esquece,
Já não sabe por onde anda e onde mora,
Perdeu o controle, faz o que lhe apetece.
Desgosto o meu ver-te assim, desvirtuada,
Foste para mim sempre virgem imaculada,
Tens um nome nobre e sério a respeitar,
Deixa os namoros levianos, sabe amar.
Tua missão é nobre, junta-te ao rio Tejo,
Ele será o teu melhor amigo e protector,
Banha-te nas suas águas, lava as nódoas,
Quero ver-te livre e de amores mornos.
Ruy Serrano - 04.08.2018