VILA DO AR.

E seu bonito amor de vila...

Não mais unir-se-á...

Ao sangue Guarani.

Sem aliança de dois povos...

Nos dedos de dois corpos.

Fechou-se então as portas...

Para a dor que o amor trás...

Do gostar que vem daqui.

Não rolam lágrimas se vaidosas.

Não se joga o sofrer pelo ar.

No caminho que trás de volta...

No retorno... Vila do ar.

Pois refletir nos fragiliza.

Mas o trajeto fortalece.

E sentir nos enobrece.

E errar nos humaniza.

Perde-se inteiro o rumo...

Gira-se forte o mundo...

Disvirtua-se em profundo...

Sem sequer sair do lugar.

Dois astros contemplam a Lua...

Fitam um eclipse de erros...

Movem-se pelo vasto espaço...

Esperança de um Sol avistar.

Em minha escrita jaz teu nome.

Em teu tricô grave o meu...

Borde todo o amor que há.

Na areia, mar, noite

Reescreverei na beira-mar...

Aquilo o que ficou no ar.

E levarei minhas pegadas...

Em solitude...

Para algum lugar.

El Moura
Enviado por El Moura em 30/07/2018
Código do texto: T6404519
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