VILA DO AR.
E seu bonito amor de vila...
Não mais unir-se-á...
Ao sangue Guarani.
Sem aliança de dois povos...
Nos dedos de dois corpos.
Fechou-se então as portas...
Para a dor que o amor trás...
Do gostar que vem daqui.
Não rolam lágrimas se vaidosas.
Não se joga o sofrer pelo ar.
No caminho que trás de volta...
No retorno... Vila do ar.
Pois refletir nos fragiliza.
Mas o trajeto fortalece.
E sentir nos enobrece.
E errar nos humaniza.
Perde-se inteiro o rumo...
Gira-se forte o mundo...
Disvirtua-se em profundo...
Sem sequer sair do lugar.
Dois astros contemplam a Lua...
Fitam um eclipse de erros...
Movem-se pelo vasto espaço...
Esperança de um Sol avistar.
Em minha escrita jaz teu nome.
Em teu tricô grave o meu...
Borde todo o amor que há.
Na areia, mar, noite
Reescreverei na beira-mar...
Aquilo o que ficou no ar.
E levarei minhas pegadas...
Em solitude...
Para algum lugar.