Devastação ensimesmada
Atitudes estranhas, sentimentos medonhos,
um abismo que engole as razões.
A distância que evoca o presságio,
o barco rumo ao naufrágio,
o solo das desilusões.
E no embargo de mim mesmo,
quando o pouco que entendo me subtrai,
adianto-me em desvarios,
deixando fluir os meus rios,
da mágoa que me contrai.
Vai pesaroso o sonho que extingue,
leva consigo o que não realizei.
E que toda tristeza aquartelada,
que resume o futuro em nada,
saiba guiar-me para onde irei.
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