Tudo e nada

O nada que me preenche

é o tudo que me sufoca.

O silêncio constrangedor que ruboriza minha face

A voz enlouquecedora que perambula minha mente

O desamor que inocula a minha alma negra

O abismo que cai sobre a minha pálpebra.

Nada faz sentido quando o canto é desconexo

Vozes ao corredor, alheias e infantis

Vislumbres de outrora, da juventude

O olhar sofredor de uma adolescente marcada.

Risos constrangedores à porta da sala

Palavras soltas sem donos autênticos

Caminhadas tensas pela calçada

O vento sopra confuso no meio fio.

A esperança que recai sobre a morte

O sopro de vida que ainda resta... Será?

Não sentir o hálito da vida no rosto estático

Apenas uma lágrima teimosa no canto do olho esquerdo.

O meu tempo é escasso e nada preciso...

O adeus que foi dado há pouco e que será eterno.

Quimera
Enviado por Quimera em 29/06/2018
Código do texto: T6377455
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