Velho
Velho
O tempo passa de repente
Nem vejo o tempo passar
O que era atraente
Hoje nem se faz notar
Música jovem e estridente
No sebo já deve estar
Ninguém elogia o charme
Nem suspira ao passar
Ninguém nota a presença
É o mesmo que não estar
Quem sabe idoso é doença
Que deve contagiar
O tempo faz sulcos no rosto
Cicatrizes do saber
Da escola da vida o desgosto
De ninguém reconhecer
Que o velho alcançou o posto
De professor do viver
O Espirito que anima o corpo
Indestrutível imortal
Que permanece absorto
Alheio ao mundo material
Vê a recompensa do corpo
No tesouro espiritual.