O silencio do violão

Seu violão se calou, não emite mais o som em lealdade

Seus poemas já não expressam mais as frases que combinam

A voz agora embargada na amargura, já não canta mais

O chão que pisa já não ostenta segurança

Seu olhar que busca o infinito se perde em um véu

Seu coração implora por um final

Seus passos agora curtos com dificuldade contrastam:

Com os passos largos de outrora.

As lagrimas solitárias insistem em lembrar-se de um passado

Passado que a muito... a muito... Deixou de ser lembrado

Apega-se agora a um clamor de estranhos para fugir:

Fugir de uma solidão que machuca e maltrata

Ainda espera angustioso por uma mera esperança

Assim a espera do fim se decíparia

O fim que se anuncia negro como a solidão

Sem acordes sem paixão

Sozinho em silencio tal qual...

Tal qual

Seu silencioso... violão.