Angustia
Na noite escura de um negro nume
As bordas do medo em min se consome
O corvo que passa resgata o costume
Da morte presente no vasto negrume
O frio que sinto me encrusta a pele
Na noite embaçada que a luz se repele
O que sobra da vida é a dor fustigante
Da falsa esperança que o dia se revele
O ceu esta liso sem nada ha brilhar
De frio a demencia começa a chegar
E nos versos que faço só rima a angustia
Da noite de trevas que custa passar
O lamente é constante no longo penar
Na noite do vale fria a congelar
Meu corpo exposto jogado a sorte
No ferro do frio esperando a morte
Que nas asas do corvo passeia pra lá e pra cá