Não compreendo mais...
Não compreendo mais. E não entendo o motivo da ida, nem o porquê da distância. Alias, definho, quando penso, no enorme precipício da mente, na solidão pessoal, na amargura da alma. O doce ar puro da emoção que impulsiona a vida padece de enfermidades autoimunes aos meus olhos. Quem me dera não fosse assim. Ou, porque se chegou a esse fim? Sinto falta do sorriso que se transformara em lágrimas. Das palavras que hoje silenciam os sentimentos. Onde estão os teus sonhos, ainda me tens neles? A minha amargura diz que não. E buscando resiliência, tento enganar-me, escondendo-me dos desejos que fascinaram o ápice do viver. E assim, sucumbido pela vontade de revivê-los, ainda com mágoas por palavras sem remorsos, insto pelo regresso dos dias que foram os mais fulgidos.