Ecos na solidão

Ecos na solidão

Grita o meu ser no silêncio da paixão

Calará em mim toda à emoção

Já nem sinto o toque de suas mãos

Sussurrará minha pobre alma

Cadê você que habitará em meu coração

Grito cada vez mais baixo

Vivo o abandono das minhas forças

Te escrevo em letras e versos

À poesia da desilusão

Restará apenas o vazio da dor

Traduzido o sepultamento do amor

O sentimento que à muito me tocará

Hoje fora dado adeus à todo ilusão

À brasa que queimará em mim congelará

Em um último fôlego fora o abandono da vida,

Sentirá cada lágrima que virá da dor do meu coração,

Falta-me às forças serenará à ilusão

Que dentro de mim repousa

O amor da nossa fatídica união

Beijos, abraços, carinho

Era tudo encenação

Pobre pierrô sozinho baila neste salão

Mais uma valsa triste !

Melodia fúnebre pra ocasião

Celebrará à morte do amor

Falecido por não suportar à dor da traição

Vitupério tua jura de paixão

Fala da boca pra fora

Palavras de uma louca

Machucar sua única intenção

Sorrir satiricamente

Existirá maldade nesse teu olhar

Uma adaga nas tuas mãos

Sibila tuas juras de paixão

Dói-me hoje profundamente

Assistirá à morte desse grande amor

Restará apenas ecos na solidão.

Ricardo do Lago Matos

Ricardo Matos
Enviado por Ricardo Matos em 11/06/2018
Código do texto: T6361082
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