Ecos na solidão
Ecos na solidão
Grita o meu ser no silêncio da paixão
Calará em mim toda à emoção
Já nem sinto o toque de suas mãos
Sussurrará minha pobre alma
Cadê você que habitará em meu coração
Grito cada vez mais baixo
Vivo o abandono das minhas forças
Te escrevo em letras e versos
À poesia da desilusão
Restará apenas o vazio da dor
Traduzido o sepultamento do amor
O sentimento que à muito me tocará
Hoje fora dado adeus à todo ilusão
À brasa que queimará em mim congelará
Em um último fôlego fora o abandono da vida,
Sentirá cada lágrima que virá da dor do meu coração,
Falta-me às forças serenará à ilusão
Que dentro de mim repousa
O amor da nossa fatídica união
Beijos, abraços, carinho
Era tudo encenação
Pobre pierrô sozinho baila neste salão
Mais uma valsa triste !
Melodia fúnebre pra ocasião
Celebrará à morte do amor
Falecido por não suportar à dor da traição
Vitupério tua jura de paixão
Fala da boca pra fora
Palavras de uma louca
Machucar sua única intenção
Sorrir satiricamente
Existirá maldade nesse teu olhar
Uma adaga nas tuas mãos
Sibila tuas juras de paixão
Dói-me hoje profundamente
Assistirá à morte desse grande amor
Restará apenas ecos na solidão.
Ricardo do Lago Matos