MANHÃ DE CHUVA
MANHÃ DE CHUVA
As lembranças traspassam a vidraça
Embaçada pelas gotas de chuva fina.
Olhar divagante e molhado do amor
Que, fugiu e deixou-me na solidão.
Triste paixão de manhã cinzenta
Úmida e fria na chuva ciumenta,
Embaça a vidraça com hálito quente
Na janela de uma vida impaciente!
A brisa gélida açoita a janela e o
Coração com tristeza silenciosa,
Trazendo copiosas saudades,
De quem não mais retornará...
Chove lá fora os cântaros
Do dilúvio de uma paixão!
Pensamentos em divagações
Invadem a alma com dúvidas:
Onde andará ela neste momento?
Preso no coração um sentimento de
Doentio ciúme de possessão perdida...
Jose Alfredo