MEIO AMOR
O que dizer do amor quando não se sente?
Ou quando pensa que o sente?
O que é ser verdade?
Ser feliz?
E o que poder esperar da solidão?
Na mente onde tudo acontece,
Desejo, aspiração veemente,
A pertencer, a querer,
Não é tão real quanto à certeza,
Ou não muito mais que a mente pode ser.
É variação constante,
Eu posso sentir.
Há quem o sentem...
Dum... Dum... Dum...
Compulsões dilaceradas,
Batidas, notas de qual ritmo não se sabe.
Tenho um só momento
E todo ele se passa.
E do amor que da alma é a metade
Cala-se ao som e se sega meio a escuridão.