O Relógio de Cíntia
Todos os dias o alarme que não pus me acorda
Aperto todos os botões até que pare de gritar
a eletrizante música maligna.
Despertar-me na madrugada voraz
na hora que não registrei
é pontuar minha fatídica hora.
Abro os olhos imerso na escuridão
procurando através do som
o amaldiçoado aparelho.
Lembrança sádica que não me desfaço
Alarme pujante que me aterroriza
Abismo marcado no tempo.