Espinhos

Sufoca-me essa dor

Essa tristeza da alma

Que chora em silêncio

A angústia da solidão.

Vazio de uma vida sem sentidos

Espinhos afiados

Garras que perfuram a alma

E dilaceram o coração.

Não vejo seus olhos

Que sempre foram a razão

Da minha felicidade

Onde quer que eu estivesse.

Espinhos que furam

E faz sangrar a esperança

De ver, outra vez,

Aquele sorriso que me alegrava.

Deixo escapar gemidos

Para que sintam a minha dor

E compreenda

As minhas lágrimas.

Espinhos que ferem-me

No caminho que escolhi

E, mesmo com tanto querer,

Não consigo voltar.

O tempo tão cruel

Não permite-me caminhar

Para onde eu encontre alívio

Dos espinhos que torturam-me.