VAZIO E FASTIO
VAZIO E FASTIO
Tudo é vazio
Tudo é fastio
Cansativos momentos
Não há força nos ventos
Na latina a latrina
Segue estricnina
Não há sinais de novos tempos
Para promover alentos
A vida segue esse ramerame
Tudo parece derrame
Pressões pelo status quo
Manutenção de privilégios
Desde tempos de colégio
Vai haver mudança?
Quisera
Não nesta esfera
A vanguarda do atraso
Está sempre alerta
Não há acaso
A temporada de caça
Está aberta
Quem pensas que és
É apenas e sempre ralés
Nada muda tudo se compra
Todos se vendem
Até os incorruptíveis
Infalíveis
Até a primeira moeda
E a convicção desaba
E o mito se acaba
Vai jogar biriba
Em Curitiba
E sobrevive em bons dias
De incautos vestidos de fantasia
Pobres coitados
Eles sim apenados
Vem de todos os lados
Das Alterosas daquele menino
Sem tino bem latino
Quer dizer ladino
Que é pó antes de virar pó
Ladravaz que só
Posando de vestal
Mas que venal
Chefe de ministro
Muito muito sinistro
Que não prende
Só solta e solitário
Faz milhões de otários
Acreditarem na justiça
Na democracia
Uma piada postiça
Uma fantasia
Recheada de adereços
Inocentes endereços
De acordos espúrios
Recheados de perjúrios
Um salve-se quem puder
Do esculachado poder
Traduzindo santander
Descendentes de satanás
Abacaxi ananás
Que controla o papel moeda
Essa grande merda
Que governa o mundo
Sempre e sempre
Nauseabundo
Que troca virtude
Por platitude
Remando conforme a maré
Podendo ou não dar pé
Indo e vindo
Ao sabor dos ventos
Do tamanho da onda
De propina
Da profundidade da sonda
Do pré-sal resolvido na esquina
Da grandeza da nação
Que tudo pode
Que tudo fode
E que morre
Em discussões imorredouras
Todas oriundas nas masmorras
De macunaímas amorais
Em que nada é demais
Nem a mais valia
Pura vilania
De garis a marechais
Tudo é possível
Tudo é crível
Em terra de animais