A invenção das inverdades

Não me permita afirmar o que vejo

Pois, nada é o que parece ser.

Há uma construção de inverdades

Que corroem a inocência do meu coração.

Queria acreditar no que dizem os seus olhos

Mas, eles mentem para mim a todo instante.

Quero alcançar as nuvens

E acreditar que posso voar

E eles, simplesmente, cortam minhas asas.

Há uma angústia que permeiam minha solidão

E procuro andar pelos caminhos escuros

Onde não vejo sua presença.

Dizem que é verdade que o amor acabou

E eu não consigo acreditar nessa ilusão.

Sigo, então, meu caminho

Sem acreditar que tudo não passou de um sonho.

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense