O DECLÍNIO

A minh’alma voa nos etéreos

Espaços, dos sonhos alojados.

Tenho a mente já convertida

Por esta consciência pervertida

E pelos amores dos enamorados.

O meu coração bate acelerado,

Desafiando a lei da existência,

A cada batida sinto a conivência,

De todos amores que passaram,

Por minha vida e não ficaram.

Pensamentos povoam a mente

Inteiramente posta em saudades,

Pelas verdadeiras amizades,

que já são partes de um passado

ao qual me encontro abraçado.

Agora que inicia o declínio,

Meus anos voam velozmente,

Por entre os dedos cansados

Já faltam esperanças à frente

Mas sobram desenganos velados.