Não fala!

Lugares vulgares
com muitos vagares
comigo presente
sentindo nos ares
o silêncio imposto
no átrio dos bares.

Não fala! Te cala!
Senão levas bala!
Sou eu quem de abala
Sou eu que carrego,
a arma que cala.
Sou eu quem te mata

Se queres prazeres,
mistura mulheres
Mas deixa cheirar
o pó desta terra
Que se eleva vermelho
ou branco que embala.
Que tem sete cores
como um arco-íris

Te cala! Não fala!
Que além desta esquina
não querias saber
quem mata e se esconde.
Que em coorte insana,
megera caída
justiça não há-de
saber para onde.



Vinícius Lena
Enviado por Vinícius Lena em 31/08/2007
Reeditado em 12/11/2007
Código do texto: T633121