Renúncia de Amar

Os meus dias se tornaram um mar de águas turvas e poluídas, imenso deserto, sombrio, perigoso e frio.

Malditos foram os corpos que se trançaram ao meu, deles só restaram tristeza e dor.

Céu cinzento com nuvens carregadas de nada foi à esperança que aportou no meu peito franzino e doente sem zelo sem pelo, tão somente murcho e cansado.

O amor errado é apenas engano não é pecado, mas estraga tanto quanto o certo, se é que existe, acasalou-se comigo, levou-me ao céu e ao inferno na mesma intensidade.

Chega de tantos amores perdidos meu coração cemitério de esperanças lotou o cansaço venceu.

O destino me reservou surpresas que um lucido decifraria embora a própria lucidez seja loucura, resigno-me a pagar o preço do desprezo na mais absoluta e triste solidão.

Trovador das noites frias, flautista do abismo, monarca de reino encantado defensor de causas perdidas torcedor de estádios vazios e times medíocres corredor de maratonas sem prêmios chorão das madrugadas perdido na escuridão.

Declino do amor.

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Antônio Souza
 
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Majestosa interação do Excelente Poeta:

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04/06/2019 13:44 - 
POETA OLAVO

No amor não há derrotados
Nem os tais vencedores
Todos os momentos apaixonados
Foram belos e com louvores.

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23/08/2019 00:53 - 
POETA OLAVO

O mundo tem muita gente
Como se fosse formigueiro
Mas temos que estar presente
Se possível chegando primeiro."
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