Parecia que era minha aquela solidão

Na madrugada fria

Onde vaguei tão sozinho

Não senti mais o seu toque

Que sempre me aquecia.

Senti o vento frio tocar

Minha alma tão vazia

E uma solidão tão cruel

Veio me acompanhar.

Andei pelas ruas desertas

De uma cidade qualquer

Sem saber que sua companhia

De mim já era incerta.

Aquela solidão tão sofrida

Parecia que era minha

E meus olhos tão cansados

Já estão quase sem vida.

Sigo sem destino certo

No caminho que meus passos

A conduzir-me estão

Sem ter você por perto.

E, sem você junto a mim,

Não há outra esperança

Pois, a alegria sempre esteve com você

E, só resta-me, lamentar o fim.

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense