Não dorme
O poeta trabalha na calada da noite,
não é vagabundo/ como alguns pensam/ vigia
o poeta luta/ sozinho/na sua poesia
não tem medo/ não se esconde
enfrenta o poderoso
qualquer asqueroso
o poeta trás consigo a caneta,
vez por outra, a garganta
o poeta morre de fome,
mas não dorme