Falso Profeta
"... Santo homem santo, perpetuada sua grosseira esperança, a cólera pueril que transmuta nos prantos o velório; caímos na terra dos sonhos, santo homem! A incompreensão recita vossa história e multiplica vossa face; as palavras sangram, dispersas na tirania da paixão. O gigante vos cerca na penumbra, porque a penumbra é o gigante, um pai vestindo os trapos do filho. E furiosas garras salientam a astúcia dos arquitetos da justiça, homem santo; despido, desmascarado, decepcionante aberração! Tua glória é a miséria daqueles que te enxergam com ternura. Sem você, a doença se propaga; sem você, a doença se dissipa."