O que não morre

Às vezes me perco pensando

como teria sido

se eu não tive se fugido

se eu tivesse compreendido

se eu tivesse recebido

o seu amor

e o aceitado na medida

em que você o dispôs.

Talvez agora

eu estivesse acordando do seu lado

recebendo seu abraço

tomando um café

olhando-o nos olhos sem saber

como tudo aconteceu.

Se eu exigi demais

não sei,

Se não fui capaz de decifrar-te

ou entender suas recusas.

Talvez fosse tudo diferente,

só talvez.

Não me arrependo sãs escolhas que eu fiz

porque me levaram a caminhos

que eu nunca imaginei percorrer

mas que me fizeram feliz.

Hoje te tenho comigo

guardado num cantinho

num pedaço trancado.

Quando a luz do sol assoma

Por baixo da porta a tua sombra

se esgueira e vem me acalentar.

De sonhos débeis eu desperto

e te dedico meus simples versos

com a esperança de que você possa me escutar...

Milene Gomes
Enviado por Milene Gomes em 09/04/2018
Código do texto: T6303545
Classificação de conteúdo: seguro